Gente, degustei a Tcheca! É boa! Trata-se de uma das minhas queridas garrafinhas de cerveja aqui em casa. O que mais vocês pensaram que era?
A 1795 é uma premium larger, tipo pilsen, da fabricante Budejovicky Mestansky Pivovar (BMP), a mais antiga cervejaria da cidade de Budweis, na região da Bohemia, na Republica Tcheca.
Eu gostei, apesar das críticas que vi no Brejas. Concordo que é uma cerveja mediana, mas curti o impacto que ela provoca, com um gosto de malte peculiar e bem acentuado.
Sua cor é um dourado forte e o cheiro de cevada é o das boas pilsens. Mas com presença. Nada desse suco de cevada que chamamos de pilsen aqui no Brasil.
A 1795 é fabricada com um malte próprio, o famoso lúpulo de Saaz, típico da região, e água de fonte subterrânea, retirada de mais de 270 metros abaixo da terra. Tudo isso sob rigorosos padrões de qualidade. Assim ela segue a “demoninação de origem controlada”, o famoso DOC, do governo Tcheco.
Pela presença, acho que deve combinar bem com comidas de gosto mais forte. O pessoal do Brejas indica culinária thailandesa, indiana ou chinesa, por serem bem codimentadas.
Queria resaltar três curiosidades aqui: 1) Sim, a Budweiser americana tem inspiração nessa cerveja e em seu processo de fabricação. Claro que não chega nem perto da original, na minha opinião, mas inspiração é inspiração. 2) Pilsen (ou melhor, Plzeň) é o nome de uma cidade da Tcheca onde se fabricava no século 19 a cerveja dourada, límpida e clara, que virou um tipo específico de cerveja Larger e ganhou seu nome. Até então, as cervejas eram escuras e turvas. 3) Bohemia é o nome de região histórica da Europa, que ocupa os terços ocidental e médio da República Tcheca, e que faz fronteira com a Alemanha e Polônia. Agora você já sabe de onde vêm os boêmios. 😉