Não, meu caro leitor. Você não errou a página. Aproveitando o verão, abro espaço aqui na coluna para a injustiçada cidra, ou cider em inglês. Trata-se de uma bebida fermentada feita à base de maçãs e muito antiga. Ela pode ou não parecer um espumante, tem teor alcoólico de 3% a 13% e sabor frutado e refinado, que pode variar de muito doce a muito seco. Ou seja, algo bem mais rico e diferente do que os brasileiros têm como referência. Para fazer esse tipo de distinção, no exterior já se fala em premium cider. Irmã da cerveja, muitas vezes produzida pelas mesmas fábricas, a cidra é tradicional em países da Europa e está entre as bebidas que mais cresce no mundo.
O Reino Unido é o maior produtor e consumidor de cidra, no entanto é em países novos, como Austrália, Canadá e Estados Unidos, que o aumento salta aos olhos. Nesse último, o volume cresceu 78% em 2013 – muito disso “a reboque” das cervejas artesanais. E as semelhanças com a cerveja não param por aí. A cidra é refrescante, especialmente as secas, e é comum que seja servida em torneiras, como nosso chope. No entanto, diferente dos fermentados, é degustada em copos grandes cheios de gelo. Para ajudar na tarefa de escolher bons rótulos, chamei Fernanda Lazzari, que ajuda a produzir as cervejas da Morada Cia. Etílica.
Leia a íntegra da coluna Bar do Celso sobre a Cidra na revista Bom Gourmet, suplemento gastronômico da Gazeta do Povo. A publicação circulou encartada no jornal nesta quinta-feira (15), mas normalmente sai nas segundas quintas-feiras de cada mês.