O novo álbum de Norah Jones, “Not Too Late”, promete ser um dos mais comentados do ano e já é considerado o melhor e mais complexo da cantora até agora. Entre o cândido e o novo, o CD mostra mais um passo numa carreira que parece não ter pressa de chegar ao ápice. Norah evolui a passos pequenos e, sem sombra de dúvidas, curte muito cada momento pelo qual passa. Isso transparece em sua música.
Forte candidato a mais um Grammy –Norah já tem oito na estante– o álbum promete também tirar o pé da EMI da lama. Ela grava pelo selo de jazz Blue Note e “Not Too Late” é o novo recordista de encomendas no período pré-vendas da Amazon.com. Resultado animador comercialmente também.
Para quem ainda não conhece, Norah Jones é uma novaiorquina de 27 anos e já vendeu mais de 30 milhões de álbuns em sua carreira. Desses, 20 milhões só no primeiro CD solo, “Come Away With Me”, de 2002. O segundo, “Feels Like Home”, de 2004, seguiu muito perto do primeiro em sonoridade, chegando a levantar a possibilidade que as músicas suaves se tornassem chatas. Felizmente a hipótese parece não se confirmar.
Filha do chamado gênio indiano da cítara, Ravi Shankar, ela descobriu a sonoridade pessoal numa mistura de jazz, blues e folk, bastante presente neste último CD. “Not Too Late” também é considerado pela cantora o mais pessoal, até pelo fato de ter assinado todas as 13 faixas. Ela o gravou em um estúdio em sua própria casa, o que reforça o clima “à volonté“ do disco.
A maioria das faixas não abusa muito no estilo Norah Jones de música (passos pequenos, lembram?). Isso não é necessariamente ruim pois “estilo é plagiar a si mesmo”, como diria Alfred Hitchcock. No entanto, dá pra destacar “Sinkin’ Soon”, segunda música do CD, que tem um toque todo especial dado pelo banjo (ou seria um bandolim?). A quinta faixa, “Not My Friend” traz algo de mais melâncólico e uma ênfase vocal bastante acentuada, lembrando até mesmo Björk em alguns momentos.
Pelo tom político, “My Dear Contry”, também se destaca. Ela traz cutucadas a Bush na letra, como “nada é mais assustador do que o dia da eleição” e se refere ao presidente americano como “aquele que odiamos”. Interessante ponto de vista. A 11.ª música, “Little Moon”, é folk puro, com direito até a assovios. Por último, “Not Too Late”, faixa título, um píano jazz de primeira.
Já “Thinking About You”, sexta faixa, é a música de trabalho e está sendo intensamente bombardiada nas rádios do mundo, vocação pop presente na essência da canção. Deixo vocês com o clipe dela abaixo e a pergunta: gostaram?
‘Sou demasiado preguiçosa para ser perfeccionista’, afirma Norah Jones. Confiram a entrevista do jornal português Visão Online.
Eu simplesmente amo Norah Jones! A sua música combina muito bem com a vida em Curitiba…céu nublado, clima frio e vazio…Não que Norah não tenha conteúdo, pelo contrário: enchem os nossos ouvidos com sua voz doce e calma. Eu casaria com ela, você não? 🙂 Abraços aos fãs! Gilberto
Hahahahaha… Boa.
Casar, não sei… deixo isso pra você que é solteiro. Agora que a música dela é boa, pra mim, não há dúvidas.
Abraços