[Texto originalmente publicado na coluna Bar do Celso de quinta-feira (12) na revista Bom Gourmet, suplemento gastronômico da Gazeta do Povo.]
É época de Copa do Mundo. Não se fala em outra coisa, eu sei. Mas como o assunto aqui é cerveja, tomei a liberdade de mudar de campo e de competição. Na área da bebida, no fim do mês passado ocorreu o South Beer Cup, uma das maiores competições do gênero na América Latina. Carinhosamente apelidado de Libertadores da cerveja, o concurso foi realizado esse ano durante a feira de cervejas Brasil Bier, em paralelo com a Expocachaça, em Belo Horizonte (MG). Como sempre digo, essas listas podem servir guia de degustação para aqueles que querem estar por dentro das novidades e tendências.
Entre as mais de 500 cervejas inscritas de oito países, 87 foram premiadas com medalhas de ouro, prata e bronze na Libertadores da cerveja. O Brasil se consagrou como o campeão, com o maior número de medalhas disparado. Só entre os ouros, ficamos com 25 das 36 medalhas. Além do título de Melhor Cervejaria do Ano, conquistado pela Tupiniquim (RS). Ela teve cinco cervejas premiadas, sendo quatro colaborativas com personalidades internacionais como BrianStrumke (Stillwater), Jeppe Jarnit-Bjergsø (Evil Twin) e Henok Fentie (Omnipollo). Destaco a medalha de prata Tupiniquim Lost in Translation, IPA amarga e ácida, feita com 100% Brettanomyces, que traz notas caprílicas misturadas ao herbal e cítrico dos lúpulos.
Os paranaenses também estiveram com tudo na Libertadores da cerveja com diversas premiações nas três colocações de várias categorias. Como não cabe tudo aqui, destaco as medalhas de ouro da Pagan Valhalla, Morada Gasoline Soul, Bier Hoff Jerimoon, Bier Hoff Menino da Ilha, Bodebrown & Stone Cacau IPA e Bodebrown Double Perigosa. A Jerimoon, inclusive, é uma das poucas Pumpkin Ales do Brasil, estilo tradicionalmente americano de cerveja feita com abóbora. A Bierland (SC) também se destacou com seis prêmios no total, sendo duas medalhas de ouro. A primeira para a Bierland Pilsen e a segunda para a Oceânica, uma refrescante Witiber recém- lançada e feita com sementes de coentro, cascas de tangerina e gengibre. Assim como na competição do Festival Brasileiro da Cerveja, realizado em março, a Brasil Kirin também participou e ficou com oito medalhas, sendo seis com a Baden Baden – ouro para a Bock –, uma para Eisenbahn e uma para a Schin. Vale destacar também a participação da Wäls, com quatro medalhas – ouro para a Petroleum–, e Bamberg (SP), com três.
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