Um sonho: fazer cerveja. Da ideia até a concretização foram pouco mais de 6 meses até que a Suricato Ales inciasse suas produções ousadas. Dois amigos, Estevão Chittó e Marcos Kalsing, são os criadores da cervejaria cigana que não tem medo de abusar da criatividade, tantos nas panelas como nos rótulos. O resultado? Um festival de medalhas em um dos maiores concursos de cervejas no país com cerca de um ano no mercado.
O modelo cigano e a parceria com a cervejaria Heilege, de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul foi o que possibilitou o desenvolvimento das cervejas. “A decisão pelo modelo de Contract Brewing surgiu no início do planejamento, já que nosso desejo sempre foi produzir cervejas mais criativas e ousadas. Por isto resolvemos criar uma cervejaria cigana, o que acreditamos ser a melhor forma de viabilizar a Suricato Ales”, conta Estevão Chittó, sócio fundador da Suricato. Com esse espírito de liberdade que os sócios produziram uma dezena de rótulos que estiveram no Festival Brasileiro de Cerveja de Blumenau esse ano. “A preparação foi intensa e começou em setembro de 2015. Produzimos cerca de 70 receitas diferentes, com testes em panela e produção no equipamento piloto da Heilige”, explica Estevão. Foram mais de 10 cervejas diferentes engatadas por dia, dentre elas, uma das meninas dos olhos dos cervejeiros, a Palessauro, uma American Sour Ale que levou medalha de ouro para casa.
Como recompensa vieram várias medalhas e o reconhecimento do público que passou pelo stand e provou parte dessa produção. As receitas desenvolvidas pela Suricato levaram 10 medalhas – entre ouros, pratas e bronzes – mais as 3 medalhas da Heilege. O somatório os consagrou como a segunda melhor cervejaria do país e despertou no mercado o interesse pelas cervejas. “Atualmente temos distribuição em vários Estados e o Festival alavancou as vendas. Já chegamos em aproximadamente 40 estabelecimentos e estamos trabalhando para expandir”, afirma Estevão. Atualmente são 3 rótulos que estão sendo comercializados em garrafa: No Creo em Brujas, uma Pumpkin Ale, The Wall, uma Berliner Weiss, e a Emmet, American Brown Ale.
Mesmo trabalhando com produtos diferenciados a maior barreira para os cervejeiros é se manter no mercado e conquistar mais espaço. Hoje, ambos ainda mantêm suas profissões e empregos fora da cervejaria. “O maior desafio com certeza é a sobrevivência. Ainda estamos buscando um volume de vendas que nos permita crescer com estabilidade e saúde financeira”, relata Estevão. Mas nada que abale o sonho de trabalhar com aquilo que realmente gosta. “A nossa principal motivação vem da possibilidade de aliar valores e anseios pessoais a um negócio que apesar de estar inserido em um mercado extremamente competitivo e difícil, tem um potencial enorme”.
A Suricato Ales passa agora por um processo de transição e até o final do ano a terá novas cervejas engarrafadas e parcerias firmadas, segundo Estevão. “Já temos algumas parcerias firmadas, cervejas novas fermentando e temos previsão de engarrafar mais alguns antes do final do ano. No momento não podemos dar mais informações, mas estamos tocando um projeto muito alinhado com a nossa proposta de cervejas, com um conteúdo diferenciado, com previsão para o inicio de 2017”. Nas redes sociais recentemente a Suricato Ales promoveu um lançamento de duas cervejas em parceria com a cervejaria Maniba, também do Rio Grande do Sul. Serão eles os novos parceiros? Vamos aguardar as novidades e torcer pelo sucesso.