[Todos os meses o caderno Bom Gourmet da Gazeta do Povo publica uma coluna sobre cervejas especiais. Neste mês de junho fui convidado para participar. O caderno saiu na quinta-feira (11), mas ainda é possível conferir o material no site da Gazeta do Povo e agora aqui também. Espero que todos gostem e que eu possa continuar escrevendo sobre esse assunto tão delicioso. Agradecimentos especiais ao Daniel Wolff, do site Mestre Cervejeiro, e ao Alexandre e o Bruno, da Cervejaria da Villa. Ah, continuem acompanhando. O Bom Gourmet é publicado toda a segunda quinta-feira do mês.]
O inverno está chegando. Uma época ótima para se apreciar comidas mais fortes, sabores intensos e tomar aquela cerveja. Sim, cerveja! Ao contrário do que muitos pensam não é regra que a bebida tenha que ser refrescante ou que deva ser servida “estupidamente gelada”. Há vários tipos de cerveja que, por suas qualidades, combinam bem com a estação mais fria do ano.
“No inverno estamos receptivos a bebidas com teor alcoólico mais elevado, com maior corpo e de longa persistência aromática”, explica o editor do site Mestre-Cervejeiro e sommelier especialista em cervejas, Daniel Wolff. Essas características estão presentes em vários tipos de cerveja, como as Strong Lagers, Dubbel, Weizenbock, Porter, Stout, Old Ale, Barley Wine.
A temperatura para servi-las depende de cada estilo, mas também do gosto de cada um. A dica de Wolff é que elas sejam saboreadas numa temperatura mais elevada do que o habitual. “Você perceberá como o sabor de sua cerveja será realçada”, diz.
A pedido da Gazeta do Povo o beer sommelier indicou algumas cervejas que se encaixam nessa linha e podem ser encontradas mais facilmente no mercado nacional de bebidas (confira a descrição completa das cervejas no link ao lado).
Uma delas é a espanhola Voll-Damm, que tem teor alcoólico de 7,2% e pode ser encontrada em supermercados a um preço médio de R$ 11. “Uma excelente cerveja de boas vindas para quem ainda não está muito acostumado com as mais fortes”, diz. Ela é uma Mârzenbier, estilo assim batizado por ser tipicamente produzido em março, na Alemanha, para a as festividades de outubro. Outras do mesmo estilo são as versões Oktoberfest da Eisenbahn, Paulaner e HB, além da Abadessa Festbier.
Boa opção também é a cerveja bock feita de trigo (Weizenbock) Schneider Aventinus, uma alemã com 8,2% de teor alcoólico que pode ser comprada por R$ 7 em grandes redes de supermercados. Do mesmo tipo podem ser encontradas também a Erdinger Pikantus e a Eisenbahn Weizenbock.
Outras duas, um pouco mais difíceis de encontrar, são a holandesa Christoffel Robertus (R$ 16) e a inglesa Thomas Hardy’s Ale (R$ 32). Esta última, do estilo Barley Wine, é licorosa e quase sem espuma, semelhante a um vinho. “Ela pode ser armazenada por 25 anos, que seus aromas e sabores continuarão evoluindo na garrafa”, conta Wolff.
Opa, das weizenbocks citadas a minha preferida é a Schneider Aventinus, inclusive é um ótimo custo/benefício!
Olá Rafael. Tenho uma garrafa de Schneider Aventinus aqui, mais ainda não abri. Estou esperando um dia mais frio… Quando experimentar, trocamos uma idéia mais detalhada. Abraços