Apreciar bebidas é uma atividade muito gostosa – também literalmente. E o clube de pessoas que buscam sabores, digamos, mais apurados está crescendo consideravelmente. Parece que quanto mais a indústria de bebidas se desenvolve e massifica sua produção, maior o número de “bons de copo”, aqueles que bebem pelo gosto. Isso está conferindo uma grande valorização a produção artesanal de bebidas no país – que têm um maior cuidado no preparo, uma preocupação com a qualidade, gostos, aromas, prazer.
Isso não é la muita novidade. Vamos falar numa maior tendência de uns anos para cá. Mas parece que a mídia finalmente descobriu que esse público, que não bebe com objetivo tomar porrete engolindo qualquer coisa, exige além do bom gosto, informação. As publicações estão lançando cada vez mais materiais sobre o tema. Só para citar um exemplo, dia desses, a Gazeta do Povo, aqui de Curitiba, publicou uma matéria muito legal sobre os destilados no seu caderno Bom Gourmet. Vale a pena dar uma olhada.
A questão é que a prova da bebida, o conhecimento de sabores diferentes, virou hobby para muitos. E a informação é parte integrante dessa prática. É necessário saber da história e do processo fabril para entender verdadeiramente o que está bebendo. A partir daí, é questão de gosto. Mas é importante ter conhecimento para ganhar autonomia de escolha, e sair das mãos das grandes indústrias e suas bebidas massificadas.