[Minha contribuição na coluna sobre cervejas do caderno Bom Gourmet desta quinta-feira (10). O suplemento é publicado toda a segunda quinta do mês]
Na primavera ondas de calor são comuns. Para muitos, uma boa oportunidade de tomar uma cerveja gelada. No entanto, é bom saber que existem outras opções de estilos da bebida tão ou até mais refrescantes que as populares pilsiners. Um deles é a witbier, uma cerveja de trigo belga, sutil, bastante cítrica e frequentemente “temperada”. Muitas levam sementes de coentro e cascas de um tipo de laranja na fórmula, ou até outras especiarias. “Elas são extremamente refrescantes, podendo ser consumidas mais geladas, entre 5º e 7º C. Na Europa é comum que sejam servidas com uma fatia de limão siciliano”, explica o gastrônomo especialista em cervejas, Edu Passarelli.
As witbiers se diferenciam das weizenbiers – estilo de cervejas de trigo mais difundido, de origem alemã – por contarem com outros elementos na fabricação, além do malte, lúpulo, água e levedura (fermento). Uma outra característica é a cor. “Witbier quer dizer cerveja branca no idioma flamenco. A cor vai do pálido, quase branco, ao dourado. Mas é sempre turva, por não ser filtrada”, explica Mauricio Beltramelli, editor do Brejas, site especializado na bebida.
O estilo harmoniza bem com comidas igualmente leves, como saladas, frutos e peixes do mar, pratos orientais e queijos leves. “Um clássico é witbier com mexilhões”, conta Passarelli. Outra forma de combinar é por contraste de sabores, com alimentos mais apimentados e salgados, como bolinho de bacalhau e até ovos com bacon, diz Beltramelli.
A belga Hoegaarden é uma das marcas mais difundidas, sendo considerada a mais representativa desse tipo de cerveja. Pode ser encontrada em alguns supermercados por um preço bastante acessível: R$ 4, em média, a long neck (330 ml). A espanhola Estrella Dam Inedit (R$ 30, em média; 750 ml) também está disponível nos mercados. Ambas são encontradas igualmente em bares e casas especializadas em cervejas.
*****
E você, caro leitor? Já experimentou uma witbier? O que achou? Sobre qual outro estilo de cerveja, você gostaria de saber mais? Se não sabe o tipo da bebida, pode mencionar a marca. Comente.
*****
Já votou no Bar do Celso no BlogBooks? Não? Basta ir até o site do prêmio, acessar a categoria de Artes e Cultura, escolher esse humilde blog e confirmar o voto por e-mail. Fácil, fácil. Obrigado
Já experimentei a Hoegaarden e realmente é muito boa! Vale a pena experimentar! Já a Estrella Dam Inedit nunca provei e provavelmente isso não acontecerá tão cedo, pois o preço está muito fora da realidade.
Cara, muito legal! Adoro as Witbiers, faltou apenas comentar sobre a La Trappe Witte Trappist que também é facilmente encontrada nas lojas especializadas e é uma delícia heheh
Gostaria de ver aqui uma matéria sobre Hidromel(Mead), existe um pessoal de Curitiba que está produzindo em casa, mas não tenho mais informações sobre e também nunca provei, mas por ser um fermentado de mel(podendo ter também na sua composição alguns cereais maltados) acho que tem tudo a ver com o Blog. Abraços.
Excelente post!
Experimentei a Hoegaarden pela primeira vez em londres e achei que nunca iria encontrar essa cerveja no Brasil, fiquei surpreso ao encontra-la nos supermercados.
Combina suavidade e sabor. Extremamente refrescante!
A hoegaarden tem sido uma das minhas favoritas, além de ser refrescante, por poder ser degustada a uma temperatura mais baixa, o sabor é sem igual. Uma cerveja que experimentei no Mondo Birre, Don De Dieu, tb me agradou mto, mas o preço a torna inacessível para o consumo regular. Gostaria de agradecer a sugestão do blog em conhecer a Diabólica, tb no Mondo Birre tive a oportunidade de apreciá-la e me agradou mto. Abraços e vlw pelas sugestões.
Na minha visão, na Hoergaarden, sobressaem o amargor, o caráter cítrico e a falta de malte é o que a torna tão diferente. E é do tipo ‘ame ou odeie’. Conheço os que amam, mas a maioria esmagadora das pessoas que vi provarem nem conseguiram terminar o copo.
Uma cerveja no estilo witbier que me parece mais a ‘meio caminho’, pois é 100% maltada, e portanto com paladar mais parecido com de outras cervejas, mas ainda assim muito cítrico, é a italiana Isaac da Balladin.