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O dia em que reencontrei as Devassas

confessei sobre o meu primeiro encontro com elas, aqui em Curitiba. Tenho que admitir que havia sido muito bom. No entanto, elas não estavam em sua melhor forma. Haviam viajado muito, meio apertadas, e não tinham conservado o melhor da sua força. Na minha última visita a São Paulo, o Luiz Gustavo -mesmo amigo que nos apresentou-, me levou a uma das casas delas.

A cervejaria Devassa de São Paulo (Alameda Lorena, 1040, Jardins) é um templo à própria marca Devassa. O lugar está cheio de referências a sua origem (como o piso que simula o calçadão de Copacabana) e a sua fabricação (o bar parece uma grande fábrica). Confira o que já escrevi sobre a marca no último post:

Carioca da gema (como quase todas as recentes iniciativas etílicas-cervejeiras do Brasil), a cervejaria Devassa foi criada pelos idos de 2002 no Rio de Janeiro pelos empresários Cello Macedo, Macedo e Joca Muller, todos já donos de baladas e bares no estado. Foi um investimento de R$ 1 milhão aproximadamente numa fábrica no bairro de Santo Cristo, que distribui chope para os vários bares da Devassa no Rio.

A questão é, ao que parece, que os negócios estão se expandindo. Com produção inicial 30 mil litros por mês, a fábrica deve estar chegando agora perto (se não já passou) da produção máxima, de 55 mil litros. Foram abertas filiais da rede de bares em São Paulo e o chope virou cerveja, distribuída em charmosas long necks.

Com o slogam “um tesão de cerveja”, diferente do que parece, o marketing da empresa não é nada vulgar. A produção visual tem um certo “q” de clássico, com uma mulher trajando um biquíni das antigas no rótulo.

Outra coisa interessante no bar paulista é que o marketing é levado ao seu extremo, mas sem abusos. Boas idéias estão espalhadas por todos os lugares, desde o cardápio, que tem pratos clássicos de butecos, até o banheiro. Na parede ao lado da entrada do bar, um texto sobre a cervejaria e suas origens é escrito de forma a compor a silhueta da mulher presente na logo da bebida. E assim vai…

Sobre a bebida

Os rumores estavam certos. Meu amigo havia me alertado que o chope é muito melhor que a cerveja distribuída em long necks que chegam a Curitiba. Provei de quase todas as variedades da marca (loira, ou pilsen; negra, ou tropical dark; ruiva, ou pale ale; e índia, ou pale ale). Em geral, elas são mais cremosas e têm mais presença. Não é que sejam mais ou menos fortes, é que o gosto parece mais vívido.

Me impressionou bastante o teor alcoólico da cerveja índia, uma pale ale mais escura do que a cor rubi da ruiva: cerca de seis virgula alguma coisa (confesso que quando chegei nela já não estava prestando muita atenção no cardápio).

Pra não dizer que a missão foi totalmente cumprida (havia combinado que iria lá com o Luiz Gustavo), deixei de provar uma das opções: a mulata que, segundo o cardápio, é a mistura de todas as outras. Será que é boa?

Bem, mais um motivo para voltar.

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