Você já deve ter ouvido falar de lúpulo. É uma das matérias-primas da cerveja, a lado do malte, da água e da levedura. Trata-se de uma planta da família das trepadeiras — cada pé pode chegar a 8 metros de altura — e que produz uma flor especial. Nela, estão ácidos e óleos essenciais que trazem amargor, sabor e aromas para a bebida, além de ajudar a conservar o líquido. Aliás, esse foi o motivo pelo qual ele foi usado originalmente. O registro mais antigo disso vem dos escritos da freira beneditina alemã Hildegard Von Biden no ano de 1150, mas a moda pegou mesmo com a Lei da Pureza Alemã em 1516.
É típica de países frios. Por isso não era produzido no Brasil. Mas já existem algumas experiências de sucesso nesse sentido. Talvez a que mais se destaque atualmente está na Fazenda Viveiro Frutopia, em São Bento do Sapucaí (SP). O agrônomo Rodrigo Veraldi Ismael tentou desenvolver o cultivo da planta anos atrás, mas desistiu e jogou as mudas no descarte da fazenda. Algum tempo depois, viu brotar de lá uma variedade resistente e adaptada ao clima que está atualmente em fase de registro – o nome deve ser Mantiqueira, em homenagem à Serra da Mantiqueira, onde está a fazenda.
Leia a íntegra da coluna Bar do Celso Lúpulo brasileiro existe e já tem cerveja produzida com ele na revista Bom Gourmet, suplemento gastronômico da Gazeta do Povo. A publicação circula encartada no jornal todas as segundas quinta-feiras do mês.