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Oscar 2009 confirma que a Academia não gosta mais de superproduções

Não tão forte assim, vovô.
 

Não acompanho o Oscar de perto há pelo menos dois anos. Mas mesmo assim é possível notar que a Academia não gosta mais de superproduções. Esse ano a prova foi “O Curioso Caso de Benjamin Button”, indicado em 13 categorias mas que só levou três estatuetas. A saber, Melhor Direção de Arte, Melhor Maquiagem e Melhores Efeitos Especiais (confira a lista com todos os premiados aqui).

Como bem notado pelo pessoal do Terra, está os incontestáveis números das estatísticas. Dentre os 10 últimos filmes com 13 indicações ou mais, todos levaram pelo menos 4 estatuetas. Um aproveitamento no mínimo baixo, não?!

Tudo bem. No caso de Benjamin não era difícil prever que ele não se sairia bem. O filme não é grande coisa (não vou dar o enredo aqui; se quiser saber qual a história veja aqui). Uma boa Sessão da Tarde, boa produção, mas não se destaca de nenhum outro quesito. Diria que um novo “Forrest Gump”.

E qual a minha surpresa em saber que o roteirista é o mesmo (Eric Roth). Talvez se ao invés do clima de drama fantástico colocado por ele e por David Fincher na direção (O mesmo de “O Clube da Luta”. Aliás, um ótimo diretor na minha opinião, que fique claro) estivessem investido mais no clima cínico do conto original de Scott Fitzgerald… Enfim, são apenas especulações. O fato é que ficou com a cara dos anos 90. E isso já é velho.

Outra forma de prever? Vejamos os outros prêmios. O longa ganhou apenas três prêmios técnicos no British Film Awards (BAFTA) e saiu de mãos abanando no Globo de Ouro e no Screen Actors Guild Awards. Já “Quem Quer Ser um Milionário” foi muito bem em todas essas premiações e foi o destaque do Oscar 2009. Só não comento mais sobre ele pois ainda não vi.

De qualquer forma, acho que finalmente a originalidade está sendo mais reconhecida do que o dinheiro no Oscar. Resta saber se isso vai continuar e por quanto tempo.

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